segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ciências na escola



Síntese do capítulo de Ciências do livro “Ler e escrever : Compromisso de todas as áreas”
O domínio da linguagem escrita divide a humanidade em analfabetos e alfabetizados. Apesar de alfabetizadas, um grande número de pessoas em nossa sociedade não têm o hábito da leitura, a não ser dentro do ambiente escolar. A comunicação visual é predominante, principalmente a televisiva.
Enquanto que o livro nos permite refletir sobre o que foi escrito, a televisão nos apresenta informações prontas, ou seja, interpretadas, já discutidas e concluídas. Desta forma, a maior parte da população é induzida a pensar da mesma forma, sem refletir sobre o que foi dito.
Na escola, temos o hábito de utilizar a escrita desde as séries iniciais, quando somos alfabetizados. Mas, mesmo assim, com o passar do tempo, verifica-se que os alunos têm um vocabulário pobre, apresentam dificuldades de compreender o sentido de algumas frases, de utilizar os sinais de pontuação, dentre outros. Desta forma, podemos dizer que a leitura e a escrita não devem ser praticadas apenas nas aulas de português e de literatura, como de costume, mas sim em todas as outras disciplinas, fazendo assim com que os alunos escrevam mais, ampliando suas habilidades orais e escritas.
Nas aulas de ciências naturais, pode-se solicitar que os alunos elaborem questionários e apontamentos, além de interpretar e construir representações gráficas diversas.
A construção semântica das palavras utilizadas em ciências naturais deve ser abordada em sala de aula, pois existem termos que possuem um conjunto de significados socialmente compartilhados e devemos considerar que esses significados nem sempre são os mesmos na concepção das pessoas que participam de um grupo.
A linguagem utilizada na ciência escolar diferencia-se da linguagem utilizada cotidianamente pelos alunos, pois é uma linguagem específica e objetiva, próxima da escrita. Ela enfatiza um trabalho científico e geralmente é apresentada de modo impessoal e explicativo, através de conceitos. Desta forma, dependendo de como ela é trabalhada, ao invés de possibilitar a ampliação da leitura de mundo pelo aluno, ela possibilita a construção de um novo mundo, o mundo das ciências, que possui apenas palavras próprias, desconhecidas por eles até o momento.
Para que o aluno consiga ler o mundo a partir das ciências, é necessário que o professor estabeleça relações significativas entre o conhecimento científico ensinado na escola e a ciência e tecnologias presentes no nosso cotidiano.
O termo alfabetização em ciências vem sendo utilizado por muitos autores, devido à necessidade percebida em fazer com que a ciência escolar possibilite ao indivíduo fazer uma análise crítica dos fatos que ocorrem no cotidiano, veiculados pelos meios de comunicação.
Também é necessário que o professor mostre que a ciência não é detentora da verdade, nem mesmo neutra.
Enquanto a tecnologia e a ciência evoluem, nós, na maioria das vezes, recebemos as informações sem compreendermos o que elas significam, como por exemplo, no caso dos rótulos dos produtos que consumimos diariamente, nos quais existem uma relação de termos científicos que, apesar de termos acesso, seus significados não são abordados no nosso cotidiano, nem mesmo na escola.

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